segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A história de um herói na fé

[No último dia de Outubro, 2010, Rogério Siqueira foi chamado para estar junto com o Senhor. Muitos ficaram com saudades e puderam testemunhar da vida de Rogério. Em especial sua própria irmã, na carne e na fé, Solange, escreveu o seguinte tributo a um verdadeiro herói da fé.]

Nestes últimos meses, eu pude ver que o que realmente tem valor e faz a diferença é você pertencer ao Senhor, entregar totalmente a sua vida a ele, ancorar-se na graça de Jesus e render-se à sua misericórdia, para que, no dia mau, você alcance a vitória e tenha no seu coração a paz que excede todo o entendimento.

Nosso amado irmão Rogério travou uma grande batalha contra uma doença destruidora, mas que não acabou com sua vontade de viver, pois, ao invés de se entregar e desistir, ele lutou até o fim. Fraco na carne, mas com o espirito forte, ele continuou trabalhando para Cristo, alegrando aos que estavam tristes, e confortando os corações dos que se aproximavam dele. Dizia palavras de ânimo para fortalecer os fracos, visitava congregações, saudava a todos com a paz de Cristo; continuou ministrando cânticos, fez pregações, serviu ceias e orava com o grupo de homens da igreja.

Ele não olhou somente para si mesmo, mas se importou com os seus irmãos na fé, encorajando-os a permanecerem fiéis e a esperar que a vontade de Deus se cumprisse. Sempre ouvi falar dos heróis da fé; agora eu vi e convivi com um.

Em seus últimos momentos pedia a Deus misericórdia e falava que a nossa esperança não deveria se limitar apenas a esta vida, que a sua prova estava chegando; abençoava a todos que o visitavam e fez com que o amor de Cristo ecoasse para quem quisesse ouvir.

Para alguns pode parecer uma derrota, pois ele não está mais em nosso meio. Mas o seu exemplo nos mostrou que com Cristo somos mais que vencedores, pois aqueles que amam a Deus não se despedem para sempre. Ele já cumpriu sua missão. Ao senhor toda honra e glória e nosso agradecimento pelo tempo de vida de Rogério conosco, e pela pessoa especial que ele foi na vida de quem o conheceu.

Agradecemos também a todos os irmãos que oraram, visitaram, se importaram, choraram, ajudaram, doaram seu tempo e compartilharam de nossas alegrias e de nossas tristezas. A vocês deixo este versículo:

“Tende em vós o mesmo sentimento. Todas as vezes que fizeres a um desses pequeninos a mim o fizeste.”

Que o Senhor nos ajude a permanecer fiel a Ele quando for a nossa vez de estar no meio do furacão. Ao final de todas as nossas lutas, que todos possamos dizer: combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé...Você sempre estará vivo em meu coração!!!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O que dizer lá em casa?



Não foi fácil voltar para casa. Na verdade, peguei uma vereda alternativa, esperei e penumbra e entrei em casa pela porta dos fundos, pois não gostaria que as pessoas me vissem e muito menos que me identificassem. Afinal, fazia semana que eu saíra de casa, pela porta da frente, muito festejado: minha esposa e meus filhos acenavam com folhas de palmeira, cantando e chorando, um misto de alegria e apreensão; meus vizinhos, idosos e crianças, me cumprimentavam com a esperança de que o futuro tão desejado estava chegando.

Todos depositavam em mim suas expectativas de que chegaram ao fim os sete anos de opressão: de gado roubado, lavoura saqueada e de filhos assassinados. Muito emocionado, acenei para eles e fui atender ao toque da trombeta que convocava os homens de Israel para lutarem ao lado de Gideão, contra os midianitas.

Hoje, era diferente, era o dia da volta, entreguei ao comandante a provisão e a trombeta, pois quando soube que nossas armas eram trombetas, cântaros e tochas, me filiei à maioria dos outros vinte e dois mil soldados que assumiram publicamente sua covardia e timidez, afinal é melhor um covarde vivo, que um herói morto. (Juízes 7:3,8). Só ainda não sei o que dizer a minha esposa e filhos, mas eu sabia: o homem da casa era um covarde.

Esta me parece ser a crise atual dos homens, pois estão cada vez mais se submetendo a jugos, opressões e sistemas iníquos, silenciados pela conveniência de continuarem vivos, mesmo que à custas de sua integridade e autoridade.

Que Deus me ajude a caminhar com os poucos que exercitam a fé, mesmo com risco de suas vidas, e não com aqueles que precisam explicar em casa, tamanha covardia!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

“Ou, como alguém pode entrar na casa do homem forte e levar dali seus bens, sem antes amarrá-lo? Só então poderá roubar a casa dele”.
(Mateus 12:29)

Nós enfrentamos um adversário poderoso e impiedoso. Na figura que Jesus empregou, Satanás é o "homem forte". E não é por menos.
Nunca subestime nosso adversário. Se Jesus o retratou como forte, imagine o que ele é para nós. Os piores carrascos da história humana, junto com seus exércitos, eram apenas os servos de Satanás.
Mas, graças a Deus, ele nos deu um Senhor vitorioso contra todas as armas do inimigo. Mas, para Jesus vencer o inimigo em nossas vidas, nós temos que entregar o território todo a ele. Não dá para ficar separando e guardando partes das nossas vidas. 'Este aqui é meu emprego, Jesus, não dá para o Senhor mandar aqui'. 'Este é meu dinheiro, isso aqui é meu namoro, esta é minha carreira – não toque nessas coisas, por favor'. Na vida de muitos, a única coisa sobre a qual Jesus reina é algumas horas no domingo, e olhe lá que nem é todo domingo! Quer amarrar o inimigo em sua vida? Não precisa de sessão de descarrego, botar nó em meia ou rezar com paninho "consagrado". É só deixar Jesus ser Senhor em sua vida. Chame-O para orientar suas decisões, planos e valores. Convide-O a lhe aconselhar através de uma conversa entre a Palavra e a oração. Busque o Reino em primeiro lugar (6:33). Jesus é mais forte que Satanás, mas você só O verá dando vitórias em sua vida quando você permitir que Ele lute por você. Tem algo que ainda não entregou a Jesus? Não tem hora melhor que agora mesmo para começar. A ligação? É de graça. Pode chamá-Lo agora.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Um cristão verdadeiro é uma pessoa estranha em todos os sentidos.

Ele sente um amor supremo por alguém que ele nunca viu;
conversa familiarmente todos os dias com alguém que não pode ver;
espera ir para o céu pelos méritos de outro;
esvazia-se para que possa estar cheio;
admite estar errado para que possa ser declarado certo;
desce para que possa ir para o alto; é mais forte quando ele é mais fraco;
é mais rico quando é mais pobre; mais feliz quando se sente o pior.
Ele morre para que possa viver; renuncia para que possa ter;
doa para que possa manter; vê o invisível, ouve o inaudível
e conhece o que excede todo o entendimento"


(A. W. Tozer)

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Mostrando o amor de Deus



Doug Nichols foi para a Índia para ser um missionário. Porém, mal ele começou a estudar o idioma, e ficou infectado com tuberculose e foi colocado numa enfermaria. Não era um lugar muito bom. O local era sujo e as condições eram difíceis porque havia tantas pessoas doentes. Mesmo assim, Doug decidiu fazer o melhor que podia diante da situação. Ele levou uns livros e panfletos Cristãos e tentou compartilhar o evangelho com os outros pacientes na enfermaria.

Quando ele tentou distribuir os panfletos, ninguém os quis. Ele tentou entregar livros, mas ninguém os levaria. Ele tentou falar com os outros pacientes, mas esbarrou na barreira do idioma que ele mal falava. Assim, ele sentiu-se muito desanimado.

Lá ele estava, preso numa situação horrível. Por motivo da doença, ele sabia que estaria naquela enfermaria por muito tempo. Mas, parecia que o trabalho que Deus o havia enviado a fazer não seria feito, porque ninguém o escutaria.

Todas os dias aproximadamente às 2:00 da manhã, Doug acordava com uma tosse crônica que não parava. Uma noite quando ele acordou tossindo, notou do outro lado do corredor um homem velho tentando sair da cama. O homem ficava todo encolhido e balançava para frente e para trás, tentando se levantar. Infelizmente, o velhinho não conseguia. Estava muito fraco.

Finalmente, depois de várias tentativas, o velho paciente se deitou e chorou. Ao amanhecer daquele dia, Doug entendeu por que o homem estava lamentando. Ele estivera tentando se levantar para ir ao banheiro e não teve bastante força para fazer isso. A cama dele ficou suja e havia um fedor no ar.

Os outros pacientes riram da situação do velho. As enfermeiras vieram limpar a cama dele, mas, o mal trataram, e uma delas até deu no rosto dele. Doug disse que o velhinho simplesmente se deitou e chorou.

Doug conta assim sobre a noite seguinte: “Na noite seguinte, por volta das 2 horas, eu comecei tossindo novamente. Eu olhei para a outra sala e lá estava o velhinho, mais uma vez tentando sair da cama. Eu realmente não quis fazer, mas de alguma maneira eu consegui me levantar e caminhei para o outro lado do corredor e ajudei aquele senhor a ficar em pé.” Porém ele estava fraco demais para caminhar.

Doug descreve o que segue assim: “Eu o levantei em meus braços e o levei como um bebê. Ele era tão leve que não foi tarefa difícil. Eu o levei ao banheiro que era nada mais que um buraco sujo no chão, e eu fiquei em pé atrás dele o segurando em meus braços enquanto ele cuidou das suas necessidades. Então eu o levei de volta à cama dele e o deitei. Quando eu virei para ir embora ele se agarrou a mim, puxou meu rosto e me beijou na bochecha e disse o que eu entendi como ‘obrigado.’”

“Na manhã seguinte, havia pacientes esperando quando eu acordei, e eles perguntaram se eles podiam ler algunos dos livros e panfletos que eu tinha trazido. Outros perguntaram sobre o Deus que eu adorava e seu Filho unigênito que veio ao mundo para morrer por nossos pecados.

Doug Nichols diz que nas semanas seguintes ele distribuiu toda a literatura que ele tinha trazido, e muitos dos médicos, enfermeiras e pacientes naquela enfermaria também vieram a conhecer Jesus Cristo.

Doug conclui a história dele com estas palavras: “Então, o que foi que eu fiz? Eu não preguei um sermão. Eu nem sequer pude me comunicar no idioma deles. Eu não tinha uma lição bem elaborada para lhes ensinar. Eu não tinha coisas maravilhosas para oferecer. Tudo que eu fiz foi levar um Senhor velho ao banheiro – e qualquer um pode fazer isso.”

“Amados, amemos uns aos outros, pois o amor procede de Deus. Aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor.” (1 João 4:7-8)

O que você pode fazer para expressar o amor de Deus a alguma pessoa perto de você hoje?

- Alan Smith

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Sinceridade

Isso não costuma acontecer conosco e Deus?

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Gaste bem



Estou convicto de que a maioria de nós queremos fazer alguma coisa grande com as nossas vidas. Mas nós trabalhamos sob a ilusão de que o fazer de grandes coisas está reservado para uma elite. Heróis. Mártires. Santos. Mas não para você e eu.

E se a maior coisa que você pode fazer com a sua vida não for sair em chamas de glória, mas honrar a Deus com uma vida que busca fazer a vontade dEle nas pequenas coisas? Não seria escalar a montanha mais alta, mas ficar no curso rochoso que a vida guardou para você. Não seria morrer por sua fé, mas ficar fiel ao longo de uma vida difícil.

Tente pensar nos blocos de 24 horas da sua vida como maços de cem notas novinhas de R$1. Seu desafio cada dia é "gastar a sua vida." Você não pode colocá-la no banco. Você não pode colocar na poupança até adquirir 500 ou 1000. Você recebe um punhado fresco de moeda corrente de vida a cada manhã, e qualquer valor não gasto evapora antes do amanhecer.

Você gasta seus ativos de vida cada vez que você discipula um empregado novo, escuta um amigo sofrido, ou oferece ajuda a alguém passando por dificuldades.

Você está dando a sua vida quando, com dinheiro que não veio fácil, você é generoso com uma mulher que perdeu o trabalho dela, uma família sofrendo com doença crônica, ou simplesemente ajudando os ministérios de sua igreja.

Você sacrificou um pedaço enorme de sua vida dando à luz, orando através das suas lágrimas por uma criança difícil, e investindo todo o tempo, energia, e paixão que é necessário para preparar uma vida para o que vem pela frente neste mundo difícil.

Você está gastando seu capital de vida pondo seu amor por sua noiva ou cônjuge ou filho acima de carreira, se sacrificando por pessoas que precisam de você mais do que de dinheiro.

A Bíblia diz:

Nisto conhecemos o que é o amor: Jesus Cristo deu a sua vida por nós, e devemos dar a nossa vida por nossos irmãos. Se alguém tiver recursos materiais e, vendo seu irmão em necessidade, não se compadecer dele, como pode permanecer nele o amor de Deus? (1 João 3:16-17 NVI)

Será que há pessoas que morrem em momentos heróicos (ou sejam “torram” tudo) que talvez ainda não entendem que precisamos gastar os incrementos menores de nossas vidas em momentos de abnegação, feitos para serivr outros e que honram a Deus servindo às pessoas que ele colocou em nossos caminhos? Que pena seria nunca desenvolver o entendimento de servir a Deus servindo aos homens e mulheres que Ele criou na imagem dEle.

Você tem o capital de um dia inteiro de vida em suas mãos hoje. Gaste sabiamente – em pequenos incrementos de serviço aqui e acolá. Ou perca-o completamente.

de Rubel Shelly

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Aprenda o que é oração

As pessoas costumam pensar em oração como um meio para atender suas necessidades pessoais. Entretanto, deveríamos entender a oração como um meio de glorificar e adorar a Deus, conhecê-lO, entrar na Sua presença e ser transformado por Ele. Precisamos aprender melhor como orar, arrepender-nos e suplicar a Deus como um povo.

Biblica e historicamente, o único ingrediente universal, inegociável, em tempos de renovação espiritual é a corporativa, prevalente e intensiva oração centrada no reino. O que é isso?

1. Ela é focada na presença de Deus e do Seu reino.

Jack Miller fala da diferença entre “oração de apoio” e reuniões de oração de “linha de frente.” Reuniões de oração de apoio são curtas, mecânicas e totalmente focadas em necessidades físicas dentro da igreja. Já a oração de linha de frente tem três características básicas:

a. um pedido de graça para confessar pecados e humilhar-se.

b. uma compaixão e zelo pelo florescimento da igreja.

c. um anseio por conhecer a Deus, ver a Sua face, contemplar Sua glória.

É muito interessante estudar as orações bíblicas por avivamento, como em Atos 4, Êxodo 33 ou Neemias 1, onde estes três elementos são fáceis de ver. Note, por exemplo em Atos 4, que os discípulos, cujas vidas tinham sido ameaçadas, não pedem proteção para si e suas famílias, mas tão somente coragem para continuar pregando!

2. É corajosa e específica.

As características deste tipo de oração incluem:

a. Aqueles que ditam o ritmo da oração passam tempo em auto-exame. Sem uma compreensão robusta da graça, isto pode tornar-se mórbido e deprimente. Mas no contexto do evangelho é purificante e fortalecedor. Eles “tiram de si os seus atavios” (Ex. 33:1-6). Eles examinam a si mesmos em busca de ídolos e lançam-nos fora.

b. Eles então começam a fazer o grande pedido – uma visão da glória de Deus. Isso inclui pedir: 1) por uma experiência pessoal da glória / presença de Deus (“para que eu te conheça” Ex. 33:13); 2) por uma experiência do povo com a glória de Deus (v. 15); e 3) que o mundo possa ver a glória de Deus através do Seu povo (v. 16). Moisés pede que a presença de Deus seja evidente a todos: “Que mais distinguirá a mim e ao teu povo de todas as outras pessoas na face da terra?” Esta é uma oração para que o mundo fique maravilhado e pasmo pela demonstração do poder de Deus e do esplendor da Igreja, para que ela se torne verdadeiramente a nova humanidade que é um sinal do reino futuro.

3. Ela é habitual e corporativa.

Isso significa simplesmente que a oração deveria ser constante, não esporádica e curta. Por quê? Devemos pensar que Deus quer nos ver rastejando? Por que nós não colocamos simplesmente o nosso pedido diante dele e esperamos? Mas oração esporádica, curta, indica uma falta de dependência, uma auto-suficiência, e, portanto, nós não construímos um altar que Deus possa honrar com Seu fogo. Nós temos que orar sem cessar, orar longamente, orar duramente, e nós perceberemos que o próprio processo estará provocando aquilo que estamos pedindo – ter nossos duros corações derretidos, demolir barreiras, e ver irromper a glória de Deus.

- via Solomon1

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Serviço secreto



"Quando jejuarem, não mostrem uma aparência triste como os hipócritas, pois eles mudam a aparência do rosto a fim de que os outros vejam que eles estão jejuando. Eu lhes digo verdadeiramente que eles já receberam sua plena recompensa. Ao jejuar, arrume o cabelo e lave o rosto, para que não pareça aos outros que você está jejuando, mas apenas a seu Pai, que vê em secreto. E seu Pai, que vê em secreto, o recompensará."

(Mateus 6:16-18)

O jejum, a oração, a ajuda a pessoas necessitadas são todos serviços que devem ser prestados a Deus - para seu agrado, para seu propósito e para sua honra. Mas, quando nós nos preocupamos como o reconhecimento de homens pelo nosso serviço, quem recebe a atenção e honra somos nós. O Serviço Secreto do governo dos EUA tem como um dos seus principais objetivos a proteção do Presidente, seus familiares e outros governantes importantes. O aspecto "secreto" deste grupo não se refere a um trabalho oculto como espionagem, porém, à discreção dos agentes ao desempenhar seu trabalho. Os agentes desse serviço trabalham sem uniforme, em traje comum. Um dos objetivos deles é justamente não serem vistos. Seu trabalho é todo feito em secreto. O Presidente pode aparecer, e muitos vão dar atenção a ele. Mas, os homens que servem a ele não devem aparecer. Ao contrário, devem ser invisíveis. A mesma coisa com a vida Cristã. Para que o Rei receba a atenção e para que a glória seja dada a Deus, nós temos que fazer o nosso serviço em secreto. Caso contrário, quem chama a atenção somos nós. Quem recebe a glória somos nós. Então temos que decidir quem deve receber a glória e de quem queremos receber nosso reconhecimento. Como vai seu serviço secreto?

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Feliz Vida Nova

Todo mundo gosta de coisas novas. Se você não acreditar, olhe ao seu redor para toda a propaganda que se vê. Produto novo. Fórmula nova. Olhar novo. Visual novo. Gosto novo. Novo e melhor. Absolutamente novo.

Pessoas adoram o cheiro de um carro novo. A maioria de nós sequer sabemos como aquele cheiro é. Alguns cientistas dizem que as substâncias químicas que compõem aquele cheiro são potencialmente prejudiciais a nós! Mesmo assim, gostamos de desfrutar daquele aroma que diz “Novo!” para nossos sentidos. Na realidade, as pessoas gostam tanto disso que você pode comprar “Cheiro de Carro Novo” engarrafado para borrifar em seu carro não-tão-novo-assim, só para enganar o seu nariz.

Por alguma razão, gostamos também do ano novo. Há a promessa de um novo começo. Ganhamos uma agenda nova só esperando que façamos a nossa marca. Pelo menos, assim parece. Em algum momento, no entanto, descobrimos que virando a página num calendário realmente não muda nossas vidas. Os problemas que estavam lá no ano anterior não desaparecem num passe de mágica quando o relógio toca meia-noite na véspera do Ano novo. É um ano novo, mas somos as mesmas pessoas de antes, vivendo as mesmas vidas de antes.

Eu quero um começo novo. Eu não quero “Cheiro de Vida Nova” borrifado em minha velha vida; Eu quero um verdadeiro novo começo. E eu sei onde encontrar. O apóstolo Paulo escreveu: “Se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!” (2 Coríntios 5:17). Em outra carta, ele falou para os cristãos em Roma: “Portanto, fomos sepultados com ele na morte por meio do batismo, a fim de que, assim como Cristo foi ressuscitado dos mortos mediante a glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova.” (“Romanos 6:4). Deus não só borrifa um cheiro novo numa velha vida. Ele nos permite nascer novamente, enquanto nos dá uma vida completamente nova. O velho faleceu; o novo veio.

Aqueles entre nós que estão em Cristo também podem receber aquele novo começo. O apóstolo João escreveu: “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” (1 João 1:7). Jesus me purifica, limpa minha agenda, perdoa meus pecados e me permite começar tudo de novo. Continuamente. Enquanto eu ficar em contato com ele.

Esta é a época do ano quando as pessoas desejam um feliz ano novo uns para com os outros. Em vez disso, eu gostaria de lhe desejar uma feliz vida nova, vida nova em Cristo. Se você não souber achar aquela vida nova, escreva-nos em novavida@iluminalma.com. Vamos comemorar uma feliz vida nova juntos!

de Tim Archer

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Cheiro de ovelha



Em dezembro de 2006, na rodovia 36, em Brazoria, no Texas, alguém roubou o bebê Jesus e a manjedoura dele. Bem, não era exatamente Jesus; era a estatueta de Jesus do presépio da cidade. Foi roubado e parecia que a cidade toda ficou deprimida por conta disso. Assim, quando montaram o presépio de 2007, não havia nenhum bebê Jesus ou manjedoura.

O povo em Brazoria não está só. O problema é chamado de “Síndrome do Bebê Jesus Roubado” e acontece todos os anos. O bebê Jesus é roubado de presépios ao redor do país. Na realidade, histórias sobre o desaparecimento do bebê Jesus são encontradas em jornais e notícias de Televisão local ao redor do mundo. É natural que qualquer pessoa que ouvir esta história dirá algo do tipo, “Quem faria uma coisa dessas?”

Neste Natal, temos problemas muito maiores do que um bebê Jesus de plástico roubado de uma falsa manjedoura num presépio. E se formos honestos com nós mesmos, o verdadeiro Jesus é freqüentemente seqüestrado da nossa experiência de Natal por muitas razões. Às vezes é o nosso próprio stress, viagens, e preparativos para os feriados que nos privam de Jesus. Às vezes é a pressão daquilo que dizem ser “politicamente correto” que remove Jesus desta época e o substitui com bonecos de neve e rena. Às vezes, é o exagero, falsidade e rudeza daqueles que se chamam de Cristãos que roubam Jesus desta temporada. Foi por isso que Deus incluiu pastores na história (Luke 2:8-20).

Antigamente, pastores gozavam de um status de “mais favorecido” nas histórias da Bíblia. Grandes heróis da fé – como Abraão, Moisés e David – foram pastores. Um dos salmos mais amados fala de Deus como um pastor (Salmo 23). Quando Jesus nasceu, porém, pastores haviam sofrido vários séculos de relações públicas ruins. Eles eram pobres. Eles viviam ao ar livre. Eles não eram refinados. Eles não eram educados. Pior de tudo, eles cheiraram como ovelhas. O termo técnico usado pelo povo nos dias de Jesus para descrever pastores e outras pessoas menos aceitáveis eram “am haaretz” – significando “povo comum”, ou “pessoas da terra.” Deixe-me assegurá-lo, ser classificado “am haaretz” não era nenhum elogio nos dias de Jesus.

As “pessoas da terra" não eram consideradas boas candidatas para serem religiosas. Elas eram consideradas sujas, rudes e desleixadas. Elas não tinham o tempo para estudar todas as tradições religiosas, e assim não podiam cumprir os padrões legalistas da retidão religiosa. Elas estavam muito ocupadas fazendo trabalho sujo para serem consideradas puras o bastante para serem religiosamente desejáveis. Elas eram pobres demais para ir nas peregrinações religiosas para os lugares sagrados de adoração. Por isso os religiosos nunca as considerariam fiéis a Deus. O último lugar em que se esperaria Deus revelar a sua glória era para um grupo destes marginais.

No entanto, quando Deus chamou os anjos para anunciarem o nascimento de Jesus, Ele os enviou a pastores lá fora no campo, cuidando das suas ovelhas! Pense nisto: pastores sujos e fedorentos acampados ao ar livre, cuidando das suas ovelhas ouviram os louvores de anjos e correram para ver o bebê Jesus recém-nascido. Muitos hospitais não teriam permitido eles entrarem na sala de espera, muito menos na sala de parto. Mas Deus fez questão de que os pastores se sentissem em casa quando acharam o bebê Jesus. Ele estava deitado num cocho de alimento no lugar onde os animais eram mantidos – um lugar onde qualquer pastor se sentiria em casa.

Assim, bem no meio do nascimento do Filho de Deus, com todos os povos bons orando pela libertação de Deus, com os Romanos ocupados dominando o império e com as pessoas religiosas tentando proteger suas tradições, Deus colocou o Filho dele em numa manjedoura cercada por um grupo de marginais sujos e fedorentos conhecidos como pastores. O cheiro de ovelha e a fumaça das fogueiras dos acampamentos deles ainda permeava as roupas deles quando chegaram para cumprimentar o recém-nascido Rei.

A história dos pastores é a lembrança de Deus de que ninguém pode roubar a graça dele de nós. Não importa onde nós fomos ou como nós cheiramos ou de que outras pessoas nos chamam, há um lugar perto da manjedoura com o bebê Jesus, para cada um de nós.

Acho que é por isso que eu amo a história sobre o bebê Jesus roubado em Brazoria. Depois que um vento forte derrubou o presépio no domingo de 16 de dezembro de 2007, algumas pessoas apareceram para restautrar o presépio. Adivinhe o que elas acharam? Sim, o bebê Jesus estava de volta onde ele devia estar. Jesus tinha sido devolvido para a manjedoura. O José e Maria mais uma vez ficaram rodeados pelos animais e pastores enquanto se curvaram diante do Rei.

Para mim, esta é a pequena lembrança de Deus de que todos são bem-vindos para receber o presente da graça dEle. Nós somos bem-vindos nesta manjedoura. Até mesmo se nós federmos com o odor de nossas escolhas e reputações ruins, nós ainda somos bem-vindos. E se nós estivermos dispostos, o Vento do céu pode soprar pela destruição de nossas vidas e nos devolver Jesus novamente.

E aconteceu que um anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor resplandeceu ao redor deles; e ficaram aterrorizados. Mas o anjo lhes disse: "Não tenham medo. Estou lhes trazendo boas novas de grande alegria, que são para todo o povo: Hoje, na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor. Isto lhes servirá de sinal: encontrarão o bebê envolto em panos e deitado numa manjedoura". (Lucas 2:9-12 NVI).

- Phil Ware

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

escalar árvores ou sentar nos ramos

José estava sentado firmemente no seu galho na árvore. Este era grosso, confiável e perfeito para servir de assento. Era tão forte que não tremia com as tempestades, nem se agitava quando os ventos sopravam. Aquele ramo era previsível e sólido e José não tinha intenção de deixá-lo.

Isso até que lhe ordenaram que subisse num outro ramo.

Sentado a salvo em seu ramo, ele olhou para aquele que Deus queria que subisse. Jamais vira outro tão fino! "Esse não é lugar para um homem ir!" disse consigo mesmo. "Não há lugar para sentar. Não há proteção das intempéries. E como seria possível dormir pendurado nesse galhinho vacilante?" Ele recuou um pouco, apoiou-se no tronco e pensou na situação.

O bom senso lhe dizia que não subisse no galho. "Concebido pelo Espírito Santo? Pense bem!"

A autodefesa lhe dizia para não fazer isso. "Quem vai acreditar em .mim? O que nossas famílias vão pensar?"

A conveniência o aconselhava a não fazê-lo. "Bem quando eu esperava estabelecer-me e criar uma família."

O orgulho lhe recomendava o mesmo. "Se ela pensa que vou acreditar numa história dessas..."

Mas Deus lhe dissera para fazer isso, sendo essa a sua preocupação.

A idéia o aborrecia porque estava feliz na situação presente. A vida perto do tronco era boa. O seu ramo era suficientemente grande para permitir que ficasse confortável. Ele estava próximo a inúmeros outros sentadores em galhos fizera algumas contribuições válidas para a comunidade de árvores. Afinal de contas, não visitava regularmente os doentes no Centro Médico do Ramo Norte? Não era ele também o melhor tenor no Coral do Arvoredo? E o que dizer da aula que dava sobre herança religiosa, com o título apropriado de "Nossa Arvore Genealógica"? Deus certamente não ia querer que deixasse tudo isso. Ele tinha... bem, poderia ter dito que tinha raízes no lugar.

Além disso ele conhecia o tipo de sujeito que se atira a uma aventura sozinho. Radical. Extremista. Liberal. Sempre se excedendo. Sempre agitando as folhas. Sujeitos com a cabeça cheia de idéias estranhas, procurando frutas estranhas. Os que são estáveis são aqueles que
sabem como ficar perto de casa e deixar as coisas correrem.

Acho que alguns de vocês compreendem José. Sabem como ele se sente, não é? Já estiveram ali. Você sorri porque já foi também chamado para arriscar-se e subir em outro galho. Conhece o desequilíbrio gerado quando tenta manter um pé na sua própria vontade e outro na dele. Você também enfiou as unhas na casca da árvore para segurar-se melhor. Você conhece muito bem as borboletas que voam na boca de seu estômago quando percebe que há mudanças no ar.

Talvez mudanças estejam justamente no ar agora. Talvez você esteja em meio a uma decisão. É difícil, não é mesmo? Você gosta do seu ramo. Acostumou-se com ele e ele com você. Da mesma forma que José, você aprendeu a sentar. Você ouve então o chamado. "Preciso que suba em
outro ramo e
... tome uma posição. Algumas das igrejas locais estão organizando uma campanha anti-pornografia. Elas precisam de voluntários”.
… mude. Pegue sua família e se mude para o exterior, tenho um trabalho especial para você"
… perdoe. Não importa quem feriu quem primeiro. O que importa é que você construa a ponte."
.. evangelize. Aquela família da mesma rua? Eles não conhecem ninguém na cidade. Vá falar com eles."
… sacrifique. O orfanato tem uma hipoteca que vai vencer este mês. Eles não podem pagá-la. Lembra-se do abono que recebeu na semana passada?"

Qualquer que seja a natureza do chamado, as conseqüências são as mesmas: guerra civil. Embora seu coração possa dizer sim, seus pés dizem não. As desculpas surgem como folhas douradas quando sopra um vento de outono. "Essa não é a minha área." "É hora de outro tomar a responsabilidade." "Não agora. Faço isso amanhã"

Mas eventualmente você acaba contemplando uma árvore nua e uma escolha difícil: A vontade dele ou a sua?

José escolheu a dele. Afinal de contas, era realmente a única opção.
José sabia que a única coisa pior do que uma aventura no desconhecido era a idéia de negar seu Mestre. Resoluto então, ele agarrou o ramo menor. Com os lábios apertados e um olhar decidido, colocou uma mão na frente da outra até que ficou balançando no ar com apenas a sua fé em Deus como uma rede protetora.

Conforme o desenrolar dos acontecimentos, os temores de José foram justificados. A vida não se mostrou mais tão confortável quanto antes. O galho que agarrou era de fato bem fino: o Messias deveria nascer de Maria e ser criado em sua casa. Ele tomou banhos frios durante nove meses para que o nenê pudesse nascer de uma virgem. Ele teve de empurrar as ovelhas e limpar o chão sujo para que sua mulher tivesse um lugar para dar à luz. Ele se tornou um fugitivo da lei.
Passou dois anos tentando aprender egípcio. Houve ocasiões em que esse ramo deve ter balançado furiosamente ao sabor do vento. Mas José apenas fechou os olhos e continuou firme.

Você pode estar, no entanto, certo de uma coisa. Ele jamais se arrependeu. A recompensa de sua coragem foi doce. Um só olhar para a face celestial daquela criança e ele teria feito tudo de novo num momento.

Você já foi chamado a aventurar-se por Deus? Fique certo de que não vai ser fácil. Subir em galhos nunca foi fácil. Pergunte a José. Ou, melhor ainda, pergunte a Jesus.

Ele sabe melhor do que ninguém quanto custa ser pendurado num madeiro.

de Max Lucado

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Entrando Em Acordo Com O Inimigo



Uma Parábola Russa: Um caçador estava mirando um urso quando o urso falou “Não é melhor falar do que atirar? O que é que você quer? Vamos negociar.”

Baixando a espingarda o caçador falou “Eu quero um casaco de pelo de urso para me cobrir.” “Bom, esta é uma questão negociável” falou o urso. “Eu apenas quero um estomago cheio. Vamos negociar.”

Depois de algum tempo falando, o urso voltou sozinho para a floresta. As negociações foram um sucesso. Cada um recebeu o que queria. O urso conseguiu seu estomago cheio e o caçador ficou coberto de pelo de urso.

Entrar em acordo raramente satisfaz ambos os lados igualmente. Na negociação com nosso inimigo, ele promete o que nós queremos, mas apenas pretende levar o que ele quer – a nossa alma. Você está tentando entrar em acordo ou negociar com o inimigo?

Michael Green, Illustrations for Biblical Preaching (Ilustrações Para Pregação Bíblica), Grand Rapids: Baker, 1989 / Terence Patterson em James S. Hewett, “Illustrations Unlimited” (Ilustrações Ilimitadas) (Wheaton: Tyndale House Publishers, Inc, 1988) p. 113.

via http://mossadihj.com

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

SANTOS PECADORES


A realidade mais impressionante em minha vida Cristã é que Deus usa santos pecadores ou pecadores santos para realizar seus planos e propósitos.

Não cresci num lar Cristão. Vim a conhecer o Senhor quando tinha 18 anos. Até aquele momento eu praticamente não sabia nada da Bíblia,muito pouco sobre Deus e sobre Jesus; tinha uma noção de igreja muito, eu diria, folclórica e um monte de religião que não servia para nada.

Mas logo me envolvi ou fui envolvido na obra da igreja. Lembro-me que sempre me debatia com a realidade de que eu ainda era um pecador. Nos Domingos ouvia uma boa lição do púlpito e durante a semana tentava colocar em prática o que havia ouvido. Mas via de regra não conseguia, e, se conseguisse, era sempre uma conquista parcial,
acompanhada de um certo sentimento de hipocrisia.

Algumas lições que ouvia não me ajudavam a lidar com esta realidade brutal de que em mim habitava o Espírito de Deus em constante batalha com o inimigo, que por via de regra era até ajudado por mim.

Mas a obra precisava ser feita. A igreja estava em seus passos iniciais. Não havia tempo a perder. Visitas, grupos de jovens, necessidades de pequenas congregações no interior e o pecador santo foi fazendo a obra, mas sempre com a noção presente de que eu perdia muitas batalhas para o inimigo.

Esta realidade me acompanhou por todo o meu ministério. Trinta e dois anos de trabalho em dedicação total ao reino. Quedas. Mas me levantava. Retrocedia. Mas ia em frente. Pergunta cruel, “até quando o Senhor continuará me usando na sua obra”?

Há uns anos atrás ouvi uma lição ou li algo sobre Abraão e Sara que me ajudou. Paulo fala tão bem de Abraão e Sara, bem como todos os Judeus dos tempos Bíblicos. Mas quando você vai examinar a vida deles o quadro não é tão bonito assim. Abraão mentiu para os Egípcios dizendo que Sara era sua irmã, para não perder a vida, e Sara aceitou a mentira do marido. Duvidaram da promessa de Deus, tanto Sara quanto Abraão, quando Sara deu a serva Agar para Abrão ter um filho com ela, e quando ele aceitou. Depois Sara riu sarcasticamente quando os mensageiros enviados a sua casa confirmaram que ela ficaria grávida na velhice.

Existem muitos outros “heróis” dos tempos Bíblicos sobre os quais ensinamos na escola dominical as crianças, mas infelizmente só ensinamos parte da estória. Só ensinamos sobre as conquistas, as grandes obras para Deus, e com certeza é uma visão parcial. Será que não estamos ensinando uma mentira? Com certeza não ensinamos tudo o que a Bíblia diz sobre este ou aquele personagem. Com certeza eu não faria algumas das coisas que eles fizeram. Gideão, Sansão, e até Davi e Salomão fizeram coisas terríveis.

E quando passamos só este lado da informação às crianças e aos jovens estamos por um lado criando uma imagem falsa de que, para servir a Deus, tem de ser um herói ou alguém muito bom. Como se existisse tal pessoa!

Lendo um livro que fala sobre este assunto, vi como é que Deus opera. Traduzo a seguir um parágrafo deste livro.

“Misturado às grandes vitórias de Sansão contra os Filisteus estava o seu aparente livre envolvimento com prostitutas.. Após se vingar da morte de sua primeira esposa, Deus usou a fraqueza de Sansão pelas mulheres Filistinas envolvendo-o em situações onde ele tinha que matar centenas de guerreiros Filisteus para escapar das encrencas.
Embora ele tenha conquistado muitos inimigos por causa da sua força, suas motivações não eram mais elevadas do que luxúria, ciúmes e vingança… Será que Deus não poderia ter instilado algo mais elevado em Sansão como motivação – algo com mais caráter? … Ele provavelmente poderia, mas não o fez. … mas, a realidade é que Deus libertou seu
povo através de um homem pecador que tinha um comportamento que pouco se importava com a coisa certa a ser feita. … E o Espírito de Deus se associou com este tipo de comportamento irresponsável. Leia a Bíblia e tente explicar. ... Isto significa que Deus apóia estas coisas?
Claro que não. Isto significa que Deus pode realizar seus propósitos apesar destas coisas? Com certeza Ele o faz.”*

Hoje me sinto bem melhor sabendo que Deus não tem plano melhor para me substituir na sua obra. Ele vai me usar apesar de mim mesmo. Ele vai me usar bem no meio dos meus erros. Vai até usar meus erros para a glória Dele.

“O fato das Escrituras estarem cheias de trapaceiros, assassinos, covardes, adúlteros e mercenários me chocava. Hoje é uma grande fonte de conforto”. ( Bono, do grupo U2)** (Por favor leia 1 Cor. 1:27-29)

Deus não aceita nossas desculpas de que não somos capazes por causa do nosso caráter fraco, nossa moral às vezes dúbia, nossa ética falha. Ele vai nos usar apesar de todas as nossas falhas. Sabe por quê? Porque não existe ninguém sem pecado. Só existem aqueles que querem trabalhar para o Senhor e aqueles que não querem.

É isto uma licença para pecar? Nós que somos Dele sabemos a resposta.
Nem precisamos elaborar sobre isto. Seja disponível. Isto basta.

por Alvaro Mello