É uma história antiga. Sua veracidade não pode ser facilmente verificada, mas, seu ponto ainda é poderoso.
Conta-se que, anos atrás na Rússia, um czar encontrou um sentinela sozinho num canto esquecido dos jardins do palácio. “O que é que você está guardando”? perguntou o czar. “Eu não sei. O capitão me mandou para este posto,” o sentinela respondeu.
O czar chamou o capitão. A resposta dele foi “Os regulamentos escritos especificam que um guarda tem que ser posto para cuidar daquela área.” O czar ordenou uma busca para descobrir porque. Os arquivos finalmente revelaram a razão. Anos antes, Catarina a Grande havia plantado uma roseira naquele canto. Ela ordenou que um sentinela a protegesse durante a noite.
Cem anos mais tarde, sentinelas ainda guardavam o canto vazio.
Tradição. Muito daquilo que fazemos é feito meramente porque é o que sempre fizemos. É o que nossos pais e avós fizeram. É o que sempre fizemos. É não há nada de errado com a tradição em si. Você provavelmente tem algumas tradições na sua família envolvendo São João ou Natal, e muitas outras áreas da vida cotidiana.
Até nas nossas congregações temos tradições, coisas que temos feito do mesmo jeito há décadas. No entanto, há dois problemas possíveis com tradições.
Primeiramente, é possível fazer algo de uma certa maneira por tanto tempo que colocamos a nossas tradição no mesmo patamar que a Palavra de Deus (um problema que os fariseus tinham).
O segundo problema é inerente à própria tradição. É como o sentinela. Podemos fazer coisas sem pensar no porquê de fazê-las. Pode ser que houve um bom motivo em certa época, mas, se não temos mais aquele motivo, ficamos apenas com um ritual, um “fazer por fazer”, sem nenhum sentido significante.
Jesus criticou seus contemporâneos por isso:
E disse-lhes: “Vocês estão sempre encontrando uma boa maneira de pôr de lado os mandamentos de Deus, a fim de obedecerem às suas tradições! … Assim vocês anulam a palavra de Deus, por meio da tradição que vocês mesmos transmitiram. E fazem muitas coisas como essa”. (Marcos 7:8,13)
de Alan Smith
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